Estendo as mãos, gesto instável que procura captar o astro que se desloca em atividade. Cometa que és, passas em curvatura, tangenciando meu corpo, brilhando e desaparecendo, deixando atrás de ti a poeira que guardo na mente como etéreo troféu. A janela, porém, se mantém aberta, à espera de uma nova revolução dos céus que te traga de volta e junte pó e alma em um mesmo ser.